Queria que seu amor fosse o meu amor de infância
Puro, ingênuo, sem as malícias que a vida nos ensinou a ter.
Queria que ao lembrar de você
Nada além de doces e travessuras viesse a minha cabeça.
Queria ter um lápis já no fim do grafite
Pra desenhar seu nome no meu coração
E dali você não sairia,
Cercado e protegido pelas linhas tortas
Do meu amor verde-limão.
Queria te dar de presente um anel vindo em um caramelo
E te oferecer a lealdade de um melhor amigo.
Que seu estalinho em baixo do pé de goiaba
Fosse mais gostoso que doce-de-leite na colher
E mais intrigante que as pílulas de encolhimento do Chapolin.
Que as nossas brigas fossem mera questão
De decidir entre o ursinho Teddy e o gato malhado
Para ser nosso filho do meio.
O nosso amor deveria ser assim
Intenso, sincero e malcriado
Como só duas crianças conseguem ser.
Diansley Raphael
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